Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

1 de junho de 2012

Vibração e Sintonia Energética


Com frequência falamos de vibração. Mas afinal, qual o significado dessa palavra? No dicionário vibração é sinônimo de branir, tremular, pulsar, ecoar, entre outras coisas. Podemos dizer que a vibração é um fenômeno físico. Imagine que quando eu falo o ar entra nos pulmões e quando sai, passa pelas cordas vocais que vibram e produz o fenômeno físico do som. O som da voz se propaga pelo espaço entre uma pessoa e outra através de ondas que obedecem um determinado padrão ao qual chamamos de frequência. Esse deslocamento provoca uma vibração no ar enquanto se desloca de um ponto a outro, podemos dizer também que ecoa. 

Nós não vemos o som, mas sabemos que ele existe, pois o escutamos e sabemos que o mesmo pode ser medido ou mensurado, e ainda registrado em gravadores, por exemplo, que registram as impressões eletromagnéticas recebidas. Sabemos que o som é um fenômeno físico produzido por nós e que pode ser comprovado cientificamente. Com nossos pensamentos ocorre a mesma coisa, ou seja, também podemos mensurar as vibrações emitidas por nosso cérebro.

Quando fazemos um eletroencefalograma, que nada mais é do que mensurar as ondas eletromagnéticas emitidas pelo nosso cérebro, são colocados em nossa cabeça alguns eletrodos que têm a finalidade de captar as ondas eletromagnéticas de nosso cérebro e enviá-las um aparelho que vai registrar a frequência dessas ondas. Não cabe aqui nos aprofundarmos na finalidade do exame em si, mas sim esclarecer a funcionalidade do aparelho. As ondas eletromagnéticas saem de nosso cérebro, entram no eletrodo e vai até o aparelho que registra a frequência dessas ondas. É importante lembrar que os eletrodos que captam essas ondas estão somente encostados na pele da pessoa que se submete ao exame, e não há nada ligado diretamente ao cérebro. O que nos leva a deduzir que as ondas eletromagnéticas saem de nosso cérebro para fora de nosso corpo. Da mesma forma que o som de nossa voz, as ondas eletromagnéticas emanadas de nosso cérebro. As vibrações emitidas pelo som da nossa voz encontra a barreira tênue do ar, ao passo que as vibrações emitidas pelo nosso cérebro encontram várias barreiras, que são: a membrana que envolve o próprio cérebro, a caixa craniana, que é o osso mais duro do corpo humano e as diversas camadas da pele.

A ciência já descobriu de uma forma ainda incipiente que também pode registrar determinados padrões de nossos sentimentos. Quando fazemos uma ressonância magnética do cérebro é registrado, além de outras coisas, que também não cabe aqui também analisar, que quando estamos felizes, determinada região do cérebro está ativa e que outra região é ativada quando sentimos algo que nos traz desconforto ou tristeza.

Esse três parâmetros caracterizam nosso padrão vibratório, ou seja, o que falamos, o que pensamos e o que sentimos pode nos levar a ter uma noção de onde nos situamos espiritualmente.

Cada um de nós temos um determinado padrão de vibração. Essa é a forma com a qual nos relacionamos com o mundo utilizando nosso veículo carnal, nosso corpo. Se compararmos o ser humano com um rádio desses comuns que utilizamos para ouvir música, vamos ver que o rádio também emite uma determinada onda eletromagnética de acordo com a sintonia que escolhemos, e que podemos mudar a sintonia do rádio a qualquer momento.

Mas o ser humano não tem botão para mudar a sintonia. E como fazer para mudarmos nosso padrão vibratório?

Sempre falamos de Jesus; normalmente O relacionamos com a religiosidade, mas falarei aqui da praticidade de seus ensinamentos, e cabe lembrar o "Orai e Vigiai". Sobre a oração sabemos que podemos orar para louvar a Deus, que é o ato de glorificar e enaltecer. Podemos também orar para agradecer a Deus por inúmeros benefícios que recebemos. Mas a parte que mais conhecemos da oração é orar para pedir, o que é claro não tem nada de errado. Jesus mesmo disse: - Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á. (Mateus 7:7). 
Muitas pessoas acreditam que não precisamos pedir nada porque Deus sabe de todas as nossas necessidades. É claro que Ele sabe, mas também devemos lembrar da exemplificação que Jesus fez quando passou pela terra e um cego que seguia Jesus e O chamava. Jesus parou e perguntou ao cego: - O que queres que eu faça? E o cego respondeu: - Que eu veja, senhor. Jesus disse: - Que veja então. E o cego passou a enxergar. 

Imagine você que uma pessoa cega fica sabendo que existe alguém que pode fazê-la enxergar. Encontra essa pessoa que é seguida por muitas outras que também procuram a cura para seus males. É claro que Jesus sabia que o cego queria enxergar, mas ele perguntou primeiro, porque o cego tem o seu livre arbítrio. Sendo assim, quando o cego pediu, Jesus o curou. 

Quando pedimos algo a Deus, nossa oração tem o papel de levar ao Criador a nossa vontade e a nossa submissão ao Pai, e como Pai ele vai nos atender de acordo com nosso merecimento e necessidade. Ela ainda proporciona a possibilidade de abrir um canal de comunicação com o plano espiritual superior, quando a fazemos de forma sincera. Aqui a oração faz o papel de botão de mudança de sintonia, porque até para recebermos as graças do Senhor precisamos estar preparados.

O “Vigiai” nos remete a nossa conduta diante da vida e da forma que nos relacionamos com o mundo, ou seja, de que forma nós interagimos com o plano em que estamos vivendo; como nos comunicamos; como percebemos e como sentimos o mundo em que vivemos, a sociedade e as pessoas mais próximas.

O que eu falo, o que eu penso e o que eu sinto sai de mim e atinge o que está diretamente relacionado com o alvo de minhas palavras, de meus pensamentos e de meus sentimentos, e de uma forma boa ou ruim atinge esse alvo, influenciando-o de alguma maneira. 

Posso enviar minhas vibrações a uma ou mais pessoas ou até ao meio ambiente. Quando emanamos boas vibrações assumimos compromisso com o bem, o que é ótimo, mas quando emanamos más vibrações o mesmo não acontece, e aí podemos assumir compromissos com a vida e não sabemos quais as repercussões que terão. Daí a importância desse ensinamento sempre tão atual: “Orai e Vigiai”. 
E o que devemos vigiar então? A resposta é clara: devemos vigiar a nós mesmos e de que forma nos relacionamos com o mundo, ou seja, devemos vigiar o que falamos, o que pensamos e o que sentimos. É interessante porque muitos pensam que não temos como dominar os sentimentos, mas na verdade sentimos o que estamos acostumados a pensar e a falar.

Tem um ditado que diz: “A boca fala do que está cheio o coração.” E digo que o coração se enche do que pensamos. Para não dizer que não temos controle sobre os pensamentos lembremos Kardec quando decodificou a Doutrina Espírita e perguntou ao Espírito de Verdade: É possível eu ter um pensamento que não seja meu? E o Espírito de Verdade respondeu: “Na verdade a maioria dos seus pensamentos não são seus”. 

O que ocorre então, é que ao pensarmos em algo, nos conectamos a uma corrente vibratória do mesmo padrão que a nossa e daí em diante temos que estar atentos para não ficarmos conectados a esta corrente, que geralmente é potencializada por ser alimentada por outros emissores do mesmo padrão de pensamento que o nosso. 

Claro que não é fácil estar em constante vigília, mas devemos começar de algum ponto, porque tudo o que vibrarmos influenciará nossa vida de uma forma boa ou ruim.

Marcos Medeiros