Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

6 de junho de 2012

Sobre os Exus

Exus são espíritos que já encarnaram na terra.  Ao contrário do que se pensa, os Exus não são os diabos e espíritos malignos ou imundos que algumas religiões pregam, tampouco são espíritos endurecidos ou obsessores que um grande número de espíritas creem. Na sua maioria, tiveram vida difícil.
Estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da prática da caridade,  incorporando nos terreiros de Umbanda. São muito amigos, quando tratados com respeito e carinho, são desconfiados, mas gostam de ser presenteados e sempre lembrados. Estes espíritos - assim como os Preto-velhos, Crianças e Caboclos - são servidores dos Orixás.
Apesar das imagens de Exus fazerem referência ao "diabo" medieval (herança do sincretismo religioso), eles não devem ser associados a prática do mal, pois como são servidores dos Orixás, todos têm funções específicas e seguem as ordens de seus superiores.  Dentre várias, duas das principais funções dos Exus são: a abertura dos caminhos e a proteção de terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a gira ou obrigações.  
Desta forma, estes espíritos não trabalham somente durante a gira de Exus, dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal, demanda, etc., de seus consulentes.  Mas também durante as outras giras (Caboclos, Pretos-velhos, Crianças), protegendo o terreiro e os médiuns para que a caridade possa ser praticada.
Ele é o guardião dos caminhos, soldado dos Pretos-velhos e Caboclos, emissário entre os homens e os Orixás, lutador contra o mau, sempre de frente, sem medo, sem mandar recado.
Exu, termo originário do idioma Yorubá, da Nigéria, na África, divindade afro e que representa o vigor, a energia que gira em espiral. No Brasil, os Senhores conhecidos como Exus, por atuarem no mistério cuja energia prevalente é Exu, e tanto assim, em todo o resto do mundo são os verdadeiros Guardiões das pilastras da criação. Preservando e atuando dentro do mistério Exu.
Verdadeiros cobradores do carma e responsáveis pelos espíritos humanos caídos representam e são o braço armado e a espada divina do Criador nas Trevas, combatendo o mal e responsáveis pela estabilidade astral na escuridão. Senhores do plano negativo, atuam dentro de seus mistérios regendo seus domínios e os caminhos por onde percorre a humanidade.
Em seus trabalhos Exu corta demandas, desfaz trabalhos, feitiços e magia negra feitos por espíritos malignos. Ajudam nos descarregos e desobsessões, retirando os espíritos obsessores e os trevosos e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.
Seu dia é a Segunda-feira, seu patrono é Santo Antônio, em cuja data comemorativa tem também sua comemoração - dia 13 de Junho. Sua bebida ritual é a cachaça, mas cada um tem a sua preferência.
Sua roupa, quando lhe é permitido usá-la tem as cores preta e vermelha, podendo também ser preta e branca, ou conter outras cores, dependendo da irradiação a qual correspondem. Completa a vestimenta o uso de cartolas (ou chapéus diversos), capas, véus e até mesmo bengalas e punhais, em alguns casos.
A roupagem fluídica dos Exus varia de acordo com o seu grau evolutivo, função, missão e localização. Normalmente, em campos de batalhas, eles usam o uniforme adequado.
Em centros espíritas, podem aparecer como guardas. Em caravanas espirituais, como lanceiros. Já foi verificado que alguns se apresentam de maneira fina: com ternos, chapéus, etc.

As Pombo-giras são grandes magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São, como qualquer Exu, executoras da Lei e do Karma.
Cabe a elas esgotar os vícios ligados ao sexo. Quando um espírito é extremamente viciado ao sexo, elas, às vezes, dão a ele "overdoses" de sexo, para esgotá-lo de uma vez por todas.
Elas, ao se manifestarem, carregam em si grande energia sensual, não significa que elas sejam desequilibradas, mas sim que elas recorrem a este expediente para descarregar o ambiente deste tipo de energia negativa.
São espíritos alegres e gostam de conversar sobre a vida. São astutas, pois conhecem a maioria das más intenções.

Devemos conhecer cada vez mais o trabalho dos guardiões, pois eles estão do lado da Lei e não contra ela. Vamos encará-los de maneira racional e não como bichos-papões. Eles estão sempre dispostos ao esclarecimento. Através de uma conversa franca, honesta e respeitosa, podemos aprender muito com eles.