Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

21 de agosto de 2011

O caminho do médium de Umbanda


A mediunidade está diretamente ligada ao funcionamento das chamadas “RODAS” ou “CHAKRAS” que a nossa AURA (ou perispírito) apresenta aos olhos de quem pode ver.

A compreensão sobre o funcionamento dessas RODAS, que na verdade são VÓRTICES de entrada e saída de energias é de extrema necessidade para quem lida com o Mundo Astral.

Vórtices são como cones de energia em formato de aspirais que, ora estão no sentido de absorção, ora no sentido de expulsão. São como que pequenos tornados que têm como raiz os plexos nervosos do corpo físico. Daí podermos imediatamente afirmar que nossos plexos nervosos são antenas por onde as energias entram e saem e, por consequência, nosso sistema nervoso é a primeira parte do físico que é atuada por essas energias.

Existe um cem número de plexos e, por consequência, vórtices ou Chakras, mas o importante é conhecer os principais.
CHAKRA FUNDAMENTAL = se situa sobre o plexo sacro, mais ou menos na altura dos genitais (entre o ânus e os genitais). Por esse plexo ou Chakra, se desprotegido, podem se ligar obsessores de vibração sexual extraindo energia das gônadas e ovários. Vítimas de obsessão através desse plexo podem se tornar insaciáveis sexualmente ou inversamente, no caso de haver excessiva perda energética por aí, sem falar de doenças que se materializam pelo esgotamento ou mesmo bloqueio energético provocado por ações exteriores. Pelo lado positivo do uso desse Chakra, podemos identificar parte da incorporação de Pretos Velhos, Exus e Omulus. Normalmente entidades que dobram o corpo físico do médium ao chegarem. Mas em se tratando de incorporação, a entidade não atua em somente um Chakra, mas em vários e de formas e intensidades diferentes. Por isso não vá se apressando em achar que a incorporação de um Preto Velho se faz da mesma forma que a de um Exu, só porque ele atua no Chakra fundamental, ok?
CHAKRA ESPLÊNICO = se situa acima deste e na altura do baço (órgão responsável pelo armazenamento de glóbulos vermelhos do sangue). Esse Chakra também é usado por entidades do Astral Inferior que, se ligando aí, podem extrair vitalidade do ser encarnado. De uma forma geral, o “vampiro” se coloca por trás porque esse Chakra gira absorvendo energias de fora, pela frente e para
dentro do corpo, possibilitando-o absorvê-la pelas costas do ser. A função desse Chakra seria a de difundir a energia absorvida (do sol, principalmente).
CHAKRA UMBILICAL = se situa mais acima um pouco, na altura do Plexo Solar que fica logo acima do umbigo. Esse Chakra está diretamente relacionado com as emoções de índoles diversas. Tanto é assim que, em casos como sustos muito fortes, sentimos a pressão no que chamamos “boca do estômago” provocando, às vezes, até mesmo evacuações e micções fora de hora. Por esse Chakra, se desguarnecido, se operam as ligações de espíritos sofredores e certos obsessores, provocando emoções descontroladas, como: ciúmes, medos, tristezas, etc. Por atuação nesse Chakra o encarnado pode até sentir todas as dores que acompanham o desencarnado que está por perto, às vezes achando que essas sensações são dele mesmo. É importantíssimo que esse Chakra esteja equilibrado
para que o médium não sofra esse tipo de influência e, ao contrário, se dele se aproximarem entidades descontroladas emocionalmente, sejam elas induzidas ao equilíbrio pelo contato.

Médiuns espontâneos, ou seja, aqueles que tiveram sua mediunidade aflorada sem que para isso passassem por qualquer treinamento ou ritual, podem correr sério risco, caso não aprendam a controlar as emanações que transitam por esse Chakra, pois, como se pode deduzir, poderiam levá-los até mesmo à loucura. O desenvolvimento mediúnico tem que dar bastante atenção ao funcionamento desse Chakra e suas relações com as entidades que acompanham o médium.
CHAKRA CARDÍACO = se situa sobre o Plexo cardíaco e. por consequência, sobre o coração. Tem a função de “governar” o sistema circulatório e está diretamente ligado aos sentimentos (diferentes de emoções). Por aí costumam se ligar os espíritos na categoria de GUIAS ou MENTORES. Quando espíritos evoluídos conseguem se ligar ao corpo do encarnado pelo Chakra cardíaco, a sensação que este sente costuma ser de bem-estar e muita paz interior. Diferentemente do que acontece quando um involuído que se liga mais pelo Chakra umbilical. Esse Chakra é o que vibra quando sentimos empatia, amor fraternal, piedade ou compaixão. Mas é muito importante que ele não seja atuado pelo Chakra umbilical porque, se assim for, o sentimento poderá virar emoção e atrapalhar trabalhos que possam ser feitos. Numa sessão de passes magnéticos, por exemplo, onde o médium deve transmitir energia para alguém necessitado, ele deverá estar com seu Chakra cardíaco atuante para que as vibrações de Guias e Mentores possam fluir por ele. Se, no entanto, ele se deixar levar pelo problema da pessoa necessitada (em outras palavras: se envolver emocionalmente com), poderá ativar o Chakra umbilical e,
em consequência, ter seu emocional ativado. Quando o emocional é ativado, o médium corre o risco de se ligar diretamente com o emocional da pessoa que está sendo atendida e, por isso, acabar absorvendo dela energias e até mesmo encostos que a acompanhem. Deu para entender? Já dá para entender alguma coisa sobre o por que de alguns médiuns acabarem passando mal depois de certas giras?
CHAKRA LARÍNGEO = se situa na altura da garganta, mais ou menos da glândula tireóide e é responsável pela emissão de voz e pelo controle de certas glândulas endócrinas do corpo físico, cuja disfunção é, às vezes, atribuída à tireóide quando na verdade é o mal desenvolvimento ou super desenvolvimento do Chakra laríngeo o responsável. Por esse Chakra se ligam espíritos que dão mensagens psicofônicas (controlam a fala do médium) na chamada incorporação integral. Nesses casos o espírito é capaz de modificar totalmente a voz do médium assemelhando-a à sua própria e também reproduzir sotaques e línguas estrangeiras desconhecidas pelo médium (xenoglossia). Controla também o “passe de sopro” tão usado pelos Pretos Velhos quando nos dão aquelas baforadas de seus cachimbos .... ah, você não sabia que aquilo era um passe? Esse é um dos Chakras que podem ser atuados diretamente, sem que haja incorporação. Nesse caso o médium se vê obrigado a falar coisas das quais ele mesmo não entende, quase que obrigado pela entidade que se encosta por trás.

CHAKRA FRONTAL = se situa entre os olhos, mais especificamente entre as sobrancelhas e é responsável pela clarividência. Comanda a visão no plano físico e a visão além do alcance normal, no plano imaterial. Através dele o médium pode identificar entidades desencarnadas, elementais naturais e artificiais e até mesmo alcançar a visualização de lugares e acontecimentos longe do lugar onde está. Mas além da vidência, este Chakra também é responsável pela clariaudiência, através do que, o médium pode escutar sons provenientes de outros planos. Além disso, esse Chakra é responsável pela clareza de raciocínio e percepção intelectual. Pela força mental o encarnado poderá enviar através desse Chakra, energias positivas e/ou negativas para outras pessoas, com a consequência do que escolher, é claro. Na utilização negativa, mesmo que inconsciente desse Chakra, está o que costumamos chamar de “olho grande”, “olho gordo”...
CHAKRA CORONÁRIO = situa-se no alto da cabeça, assentado sobre a glândula PINEAL. Este é o Chakra mais procurado pelos “pais no santo” para a feitura dos filhos porque é através desse Chakra que recebemos o que chamaríamos a LUZ do ALTO. Porque você acha que os sacerdotes, mesmo católicos raspavam o alto da cabeça? O Chakra coronário é o sintonizador das ondas do plano mental recebidas por telepatia, quer provenham elas de fora, de espíritos desencarnados e até mesmo
encarnados. Funciona como uma antena para vibrações superiores, normalmente pondo-nos em contato mental com elas, o que não quer dizer que, sendo mal trabalhado, não nos coloque em sintonia com baixas vibrações e entidades.Fazer a coroa, como costuma ser dito nos terreiros, é, na verdade, sintonizar essa antena com o padrão vibratório do orixá (luz da cabeça) que deve reger o iniciante. Depois dessa sintonização o médium passa a receber a influência do orixá mais diretamente e sem interferências de outros. Mais ou menos como se você sintonizasse bem seu radinho e ele passasse a receber melhor a estação que você pretende. Percebe agora o perigo de uma sintonização ou coroação
errada? De uma coroação feita às pressas? Uma “feitura” ou “coroação” correta tem, obrigatoriamente,
que atuar em todos os Chakras principais. De outro modo seria fazer um bonito telhado sobre uma casa apodrecida.
Releia sobre a função básica de cada Chakra e avalie por si os danos que poderiam advir de Chakras desequilibrados em médiuns que se arvoram em participar de trabalhos de atendimento e principalmente de demanda.

Quanto mais desenvolvidas outras formas de contato mediúnico entre ser encarnado e outros planos, menor é a possibilidade dele vir a ser enganado por espíritos que se fazem passar pelo que não são e, dessa forma, quanto mais o médium se esforça para fazer crescer esses contatos equilibradamente, melhores serão suas condições de ajudar a outros passando por menos perigos.

O Chakra Coronário e o Chakra Frontal, se bem trabalhados, podem ser desenvolvidos e, através deles, o médium passar a se comunicar com o Astral, mesmo sem a necessidade de uma incorporação ou mesmo de estar numa gira ou terreiro, ou mesa... O Chakra Frontal desenvolvido adequadamente
permite que a visão, bem assim como a audição do médium, se estenda a outros níveis vibratórios além do material. Dependendo do grau e forma de desenvolvimento, esse Chakra alcança maiores ou
menores planos vibracionais e, se o médium estiver realmente preparado, poderá ver e ouvir exatamente o que acontece “do outro lado” mesmo que alguém tente induzi-lo por uma mentira, como
acontece em casos de entidades que querem parecer o que não são. O Chakra Coronário desenvolvido e bem “calibrado” permite ao médium o contato telepático com suas entidades de guarda, protetores e Guias, através dos quais poderá receber informações e ensinamentos de todas as espécies e, além disso, nos permite adquirir um tipo de vidência em que as imagens do que acontece no plano paralelo aparecem como que dentro da cabeça do médium. Por esse Chakra, muitas vezes nos são enviadas mensagens através de imagens que, se à primeira vista parecem soltas e difusas, com o tempo vão se
explicando.
Pelo exposto vemos logo que, se alguém pretende progredir a ponto de liderar um grupo espírita, seja ele de que linha for, tem muito mais que fazer do que apenas sintonizar sua PINEAL com seu orixá.

Para que um médium saia do simples estado de “cavalo de Guia” e esteja pronto realmente como Dirigente, ou Pai no Santo, ou Zelador ... faz-se necessário que ele tenha conhecimento de sua Lei mas, principalmente o treinamento e equilíbrio de todos os seus Chakras, o que fará dele, por decorrência, uma pessoa mais segura e o mais EQUILIBRADA possível. Observe o “equilíbrio psicológico” de certos “Pais e Mães no Santo” e você entenderá tudo.

Estando mais ou menos no centro vertical do corpo humano, o Chakra Umbilical que se responsabiliza pelo emocional do encarnado, é um vórtice de extrema importância para o equilíbrio deste, pois o emocional pode desequilibrar totalmente toda a estrutura física e astral de um ser. Esse Chakra, quando muito desequilibrado, pode provocar o desequilíbrio de todos os outros.

As entidades, quanto mais luminares verdadeiramente, mais procuram fazer contato no campo telepático, pelo Chakra Coronário, onde nem precisam tocar a matéria ou, em alguns casos, tomando apenas parte do corpo material, como nos casos de psicografia, onde apenas o plexo braquial é tomado, ou psicofonia, onde apenas o plexo laríngeo é tomado. Entidades de mais baixo padrão vibratório (não necessariamente obsessores ou encostos e sim protetores), essas sim, quanto mais
materializadas, mais tendem a tomar todo o corpo do médium, bem assim como sua consciência.

Em 90% ou mais dos casos de incorporação a entidade está ao lado, atrás, por cima, na frente e quase nunca enluvando o médium, o que significa que a incorporação não é integral e o médium não está inconsciente – no máximo num semi-transe ou semi-inconsciência.
Portanto, não existe essa coisa do médium ficar em transe depois da desincorporação, ou ser atirado ao chão, ficar desmaiado, ficar sem ar, etc. Se isto acontece é por 2 motivos: ou o médium está se fazendo, ou seja, está encenando, ou o que o médium recebeu é um espírito do baixo-astral!
Fonte: Claudio Zeus (livro Umbanda sem Medo)