Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

10 de julho de 2011

O Anjo da Guarda

Segundo a Bíblia, existem milhares de Anjos, porém, nela, somente três são chamados por seus nomes: Gabriel, Miguel e Rafael. 
Todas as ordens místicas (ou religiões) possuem um ritual de iniciação, em que o noviço se compromete a seguir sua doutrina. É uma representação de seu nascimento para a ordem e, por meio dela, para uma nova vida. Em algumas religiões adotam um novo nome e esse nome significa novos poderes, novos conhecimentos e maiores conquistas espirituais. Assim, na Umbanda, o ritual de iniciação é a primeira obrigação de Anjo da Guarda.
Sendo assim, o ato de nomear alguém ou algo parece ter importante significado. A invocação dos Anjos da antiguidade judaica era feita pronunciando-se seu nome, em certos momentos e em determinadas condições.
O ato de descobrir o nome do seu Anjo da Guarda pode também ser considerado uma espécie de iniciação, como o recebimento de um código que lhe dará acesso a novos níveis de consciência. Essa descoberta talvez constitua o ponto crucial da relação com o seu Anjo custódio. Se levarmos em conta que a imensa maioria dos seres humanos não é capaz de perceber os Anjos de uma maneira sensível, qualquer comunicação que, de um modo inequívoco venha deles, adquire uma importância capital. E entre essas comunicações, uma das primeiras, e a principal, é a nomeação do Anjo da Guarda. A partir desse momento, este nome permitirá a você estar em permanente contato com ele, tornando a comunicação muito mais fácil, já que sua fé e sua segurança terão aumentado consideravelmente.
Existem diferentes métodos para averiguar o nome do Anjo da guarda, um dos melhores é que, a cada noite, antes de dormir, seja estabelecido um contato mental com seu Anjo, pedindo-lhe ajuda durante o sono, para que sejam solucionados os problemas que naquele momento estão afligindo, quaisquer que sejam eles. Durante o dia, deve-se afastar momentaneamente os pensamentos do trabalho - ou daquilo que estiver fazendo - e enviar pelo menos uma saudação a ele, aproveitando para lhe pedir que ajude sempre, a qualquer momento e em qualquer situação.
À noite, nessa espécie de oração ou comunicação mental, deve-se pedir-lhe que, se ele considerar o momento conveniente, revele seu nome para que a sua comunicação se torne melhor, estreitando a união já existente entre ele e você.
O normal é que durante o sonho ou pela manhã, logo ao acordar, o nome do seu Anjo surja claro e distinto na sua consciência. Não deve-se esperar um nome bíblico, nem forçosamente um terminado em "el". Poderá ser um nome muito conhecido ou um que jamais tenha ouvido na sua vida. Poderá ser um nome estrangeiro ou um diminutivo popular. Também pode surgir algo que não pareça nome, mas que você automaticamente identifique como sendo o do seu Anjo. E, a partir deste momento, você tem uma forma de invocá-lo, de iniciar a comunicação com ele. Deve-se dar graças e estar disposto a começar um novo, alegre e esperançoso dia.
Você sabe a importância dos anjos da guarda na Umbanda?
Bem, os anjos de guarda nos protegem e acompanham a cada dia. E este acompanhamento também está nas horas de trabalho (sessões). Sim, porque estamos numa corrente espiritual onde espíritos sem luz e perturbados, confusos, vêm contra nós, os Orixás, Guias e Entidades nos protegem, mas a presença do anjo da guarda antes e depois da incorporação é por demais importante.
Um exemplo, normalmente quando uma pessoa sofre um trabalho de demanda, um trabalho contra o bem estar dela, a primeiro reflexo que se nota é o enfraquecimento de seu anjo da guarda, tornando-o distante e deixando a pessoa vulnerável.
É comum que os Guias/Entidades do terreiro, quando se vêem a frente de uma pessoa com demanda, venham pedir um “fortalecimento para o anjo de guarda”, ou seja, um reforço para restaurar os laços entre você e seu anjo da guarda. Este reforço consiste em trazer ele mais próximo de você, com mais força para te proteger contra os ataques da demanda.
Com toda a certeza, para os médiuns, os anjos da guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades.
Quando há o processo de desincorporação, o Anjo da Guarda se aproxima mais, para manter o equilíbrio do médium.
Quando o médium vai incorporar, para que a Entidade se aproxime, o anjo de guarda permite a passagem para ocorrer a incorporação. Quando a Entidade está incorporada no médium, o anjo da guarda permanece ao lado, pois o médium está protegido por energias da Entidade que está ali. 
Portanto, os médiuns devem ficar atentos para não oferecer resistência na hora da desincorporação desta Entidade, pois existe uma hora certa em que a Entidade deve deixar a matéria e o anjo da guarda se aproximar, não deixando a matéria desprotegida.
O que chamamos de intuição, muitas vezes, é a manifestação do Anjo da Guarda que procura sempre o melhor para nós (aquela voz na cabeça que diz, não faça isso, não vá por esse caminho, etc.).
O seu anjo da guarda sempre anda com você em qualquer lugar que você esteja, pronto a lhe proteger, embora você não o veja.
O nosso anjo da guarda é aquele que nos protege a todo instante de nossas vidas... Por isso, devemos manter uma vela acesa em um local alto com um copo d’água ao lado e fazer orações ao anjo da guarda regularmente, pedindo sempre que nos guie pelos caminhos certos da vida e que nos proteja.
Para quem acredita é muito fácil sentir, ouvir e presenciar a manifestação dos anjos em nossa vida, dando inspiração para algo que ocorrerá em nossos dias, mas para pessoas que não acreditam que os anjos existam é totalmente difícil manter o anjo próximo dele, este pensamento negativo e destrutivo para o anjo o enfraquece e acaba por distanciá-lo.
Quando o médium fica meio em transe após a incorporação, alguns dirigentes colocam a mão sobre o coração do médium e dizem: “fulano, seu anjo da guarda te chama!”
Tal prática talvez tenha sido trazida para a Umbanda por alguma Preta Velha, já que é de pleno conhecimento que muitas delas foram exímias benzedeiras.
Esta era uma prática comum antigamente de benzedeiras. Elas utilizavam esta frase como uma pequena oração para pessoas que não se achavam plenamente conscientes por vários motivos (mediunizadas, epilepsia, desmaio, etc.). 
O Anjo da Guarda é visto como o mentor de nossa razão, de nossa consciência. Desta forma, este é um chamado ao restabelecimento da consciência com implicações magísticas.
Ao fazer referência ao nosso anjo da guarda, chamando-nos de volta ao domínio das faculdades no corpo físico após o transe mediúnico, ocorre uma espécie de invocação a nós mesmos.