Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

17 de junho de 2011

Congá

O Congá (ou altar) é um ponto de força, devendo ser firmado e assentado corretamente, pois é o meio que as irradiações divinas têm para alcançar todos os fiéis diante dele.
A principal função de um Congá é criar um magnetismo, uma ligação entre a espiritualidade e a matéria, através do qual as irradiações verticais das entidades - do alto - descem até o Congá e se espalham na horizontal, ocupando todo o espaço destinado às práticas religiosas (terreiro).
Os fundamentos de um Congá só podem ser explicados por quem os fez, mas o Fundamento Divino de sua existência em um Centro é que quando nos colocamos respeitosamente diante dele estaremos bem próximo de Deus (Zambi) e de suas entidades sagradas.
As imagens não são as entidades e nem têm função magística, elas apenas representam, simbolizam as entidades, tendo a função de impor respeito e ajudar os fiéis a se concentrarem.
O Congá, além de ser formado pelas imagens dos Orixás e Entidades, também pode e deve ter elementos naturais que os representam, trazendo a força da natureza - pois os Orixás e as Entidades são partes desta.
Estes elementos podem ser as águas minerais ou cristalinas, as ervas, flores ou plantas, as pedras ou os minérios, como também instrumentos simbolizando a força e o mistério dos Orixás e Entidades.
Alguns exemplos de elementos que podem ser colocados no Congá:
Oxalá - cristal transparente, taça de inox ou copo com vinho branco ou água mineral, girassol, trigo.
Iansã - otá, champagne branca, espada, espada de Santa Rita ou flores amarelas.
Oxum - quartzo rosa, ametista, pirita, copo com água de rio ou de cachoeira, flores azuis ou lírio.
Oxossi - esmeralda ou quartzo verde, guiné, alecrim, copo de vinho branco, cipó.
Xangô - otá ou jaspe, machado, cerveja preta.
Ogum - granada ou rubi, cerveja branca, espada de São Jorge, escudo ou lança.
Obaluaê - ônix ou turmalina preta, taça de vinho tinto ou água mineral, crisântemo, palha da costa com búzios.
Iemanjá - água marinha ou madrepérola, água do mar, estrela do mar, conchas, rosa branca, alfazema.
Crianças (Cosme e Damião) - guaraná, doces, balas, moedas.
Pretos-velhos - fumo de rolo, café preto, copo com água, flores brancas.
Também o Congá deve ter velas nas cores dos Orixás e Entidades, pois ao serem ativadas religiosamente, tornam-se elemento magístico, energético e vibratório que atua no etérico de quem recebe sua irradiação ígnea, consumindo as energias negativas que são descarregadas pelos frequentadores do Centro.
Não há mal nenhum em ter um pequeno altar em casa, desde que em local reservado, havendo respeito e amor.
Umbanda tem fundamento e é preciso respeitar!
Matéria do Jornal de Umbanda Carismática (JUCA)