Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

6 de abril de 2011

A função do Congá

O Congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo. Existe um processo de constante renovação de axé que emana do Congá, como núcleo centralizador de todo o trabalho na Umbanda.
Cada vez que um consulente chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos Orixás na Terra, na área física do templo.
As funções do Congá:
Atrator: atrai os pensamentos que estão à sua volta num amplo magnetismo de recepção das ondas mentais emitidas. Quanto mais as imagens e elementos dispostos no altar forem harmoniosos com o Orixá regente do terreiro, mais é intensa essa atração. Congá com excessos de objetos dispersa suas forças.
Condensador: condensa as ondas mentais que se “amontoam” ao seu redor, decorrentes da emanação psíquica dos presentes: palestras, adoração, consultas, etc.
Escoador: se o consulente ainda tiver formas-pensamentos negativas, ao chegar na frente do Congá, elas serão descarregadas para a terra, passando por ele (o Congá) em potente influxo, como se fosse um pararraios.
Expansor: expande as ondas mentais positivas dos presentes; associadas aos pensamentos dos guias e entidades que as potencializam, são devolvidas para toda a assistência num processo de fluxo e refluxo constante.
Transformador: funciona como uma verdadeira usina de reciclagem de lixo astral, devolvendo-o para a terra.
Alimentador: é o sustentador vibratório de todo o trabalho mediúnico, pois junto dele fixam-se no Astral os mentores dos trabalhos que não incorporam.
Veja, todo o trabalho na Umbanda gira em torno do Congá. A manutenção da disciplina, do silêncio, do respeito, da hierarquia, do combate à fofoca e aos melindres deve ser uma constante dos zeladores (dirigentes).
Nada adianta um Congá todo enfeitado, com excelentes materiais, se a harmonia do corpo mediúnico estiver destroçada; é como tocar um violão com as cordas arrebentadas.
Caridade sem disciplina é perda de tempo. Por isso, para a manutenção da força e do axé de um Congá devemos sempre ter em mente que ninguém é tão forte como todos juntos.
Fonte: Umbanda pé no chão