Blog da Casa de Caridade Luz Divina - dirigente espiritual Vovó Luiza

6 de abril de 2011

Efeitos da Defumação

Durante a queima de ervas odorantes desprendem-se energias ocultas, potencializadas no éter vegetal e que podem afastar os maus fluidos do ambiente onde atuam. Sem dúvida, seria absurdo alguém mobilizar fumaça de ervas para limpar paredes, abrir janelas ou descascar batatas. Mas não é insensato a fumaça afastar, dispersar fluídos nocivos, obediente à mesma lei de correspondência vibratória, que permite ao homem-matéria acomodar-se numa cadeira material e o espírito desencarnado sentar o seu corpo astral numa cadeira confeccionada de substância astralina.  
Desde o instante em que as ervas principiam a germinar no seio da terra até o momento em que são colhidas, elas extraem do solo toda a sorte de minerais, vitaminas, proteínas, sais químicos e umidade, além de imantadas pelos raios solares, eflúvios elétricos e magnéticos provindos da própria Lua, além de impregnados do ectoplasma terráqueo, supercarregadas de éter-físico, prana e da energia vigorosa que é o fogo “kundalíneo”. 
Algumas plantas são fontes prodigiosas de utilidades benfeitoras à humanidade, já na sua contextura física, como é a carnaubeira, vegetal da família das palmáceas. O homem pode extrair dela: açúcar, sal, álcool, ração para o gado, madeira para habitação, combustível para iluminar, resina para cola, medicamento para sífilis, úlceras, erupções e reumatismo. São mais de 40 utilidades já catalogadas nessa planta maravilhosa, cujo poder e serventia, considerados apenas no campo físico, ainda prolongam-se pelo mundo etéreo-astralino, num campo de forças incomuns! Enfim, todo o potencial que se elabora no seio da planta, durante os meses de sua vivência no solo seivoso da terra, depois é liberto em alguns minutos na defumação, projetando em torno um potencial de forças, que, além de sua manifestação propriamente física, ainda desagregam miasmas e bacilos astralinos disseminados no ambiente humano. 
A queima de ervas defumadoras também obedece a uma determinada disciplina mental ou concentração, atraindo a cooperação de espíritos de pretos-velhos, caboclos e bugres, simpáticos a tal processo tradicional de defesa psíquica, os quais ajudam a amenizar na limpeza das pessoas enfeitiçadas. Considerando que a matéria é energia condensada em “descida” vibratória do mundo oculto, a defumação representa uma operação inversa ou liberação de energias, as quais passam a repercutir novamente nos planos etéricos e astralinos de onde se originaram. O perfume, ou a exalação natural das plantas, também age na emotividade e na mente do ser, pois o seu odor associa ideias e reminiscências místicas, conforme acontecia nos templos iniciáticos do Egito, da Grécia, Índia e Caldéia. A defumação composta de incenso, sândalo e mirra, tão tradicional e estimulante para o espírito, que produzia uma condição receptiva e inspirativa simultaneamente nos planos físico, astral e etéreo, ainda hoje é uma espécie de bálsamo espiritual.
Há certos tipos de ervas cuja reação etérica é tão agressiva e incômoda, que torna o ambiente indesejável para certos espíritos, assim como os encarnados afastam-se dos lugares saturados de enxofre ou gás metano dos charcos. Aliás, as máscaras contra gases provam suficientemente quanto à existência de certas fumacinhas que também podem aniquilar os seres humanos! Há perfumes que inebriam determinadas pessoas, mas causam cefaléias, tonturas e até náuseas noutras criaturas. O odor ácido e picante do alho e da cebola, que aguça o apetite nas saladas das churrascarias, depois é detestado pela produção do mau hálito. Durante a queima de ervas produzem-se reações agradáveis ou desagradáveis no mundo oculto, porque, além de sua propriedade física, elas também libertam outras energias provenientes do armazenamento do éter e do magnetismo físico no duplo etérico do vegetal. O cheiro ou a exalação das ervas e flores que afetam o olfato dos encarnados também é um campo vibratório. Cada espécie vegetal no mundo possui a sua característica fundamental e atende a uma necessidade na Criação. A mesma seiva venenosa da cicuta, que mata, hoje serve benfeitoramente na medicina homeopática, curando convulsões, estrabismo, efeitos de comoção no cérebro ou da espinha. 
Deus não criou as espécies vegetais apenas como enfeites do mundo, pois elas atendem simultaneamente às necessidades da vida manifesta no plano físico, etéreo e astralino.  
Fonte: "Magia de Redenção"